O sossego passa rápido pela janela do ônibus
relances de cenas dos dias pitorescos
de gente bucólica
a garota balançando na rede da varanda
a senhora tratando das plantas
a poeira da estrada de chão célere se libertando
o velho fusca que se aposentou
o lençol dançando no varal
o cacho de bananas esperando madurar
uns brinquedos coloridos quebrados de criança
um casal de cadeiras esperando os velhinhos que partiram
a cerca que nada protege, separa a estrada poeirenta da tranquilidade
as placas "proibido ultrapassar"
e "reduza a velocidade" dão
notícia das coisas do sossego
desse tempo lento
desse mundo que vive
sem nós
Flávio Takemoto
Bueno Brandão - 15/05/2010
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